Câmaras de bronzeamento podem viciar tanto quanto drogas

Um novo estudo divulgado nesta terça-feira traz mais um motivo para evitar as câmaras de bronzeamento. A exposição aos raios ultravioleta podem viciar tanto quanto o álcool e as drogas, afirmam pesquisadores da Universidade de Albany, nos Estados Unidos. Liderados pela médica Catherine E. Mosher, eles avaliaram o comportamento de 471 jovens que tinham o hábito de se bronzear artificialmente pelo menos uma vez por mês.
O resultado mostrou que a sensação da câmara podia ser parecida com a da maconha em algumas mulheres. Aquelas que não conseguiam ficar sem se bronzear eram mais ansiosas do que as que não faziam uso das câmaras, e costumavam ter um histórico de vícios em remédios ou drogas ilegais. O estudo pode ser lido na íntegra nesta edição do Journal of the American Medical Association.
– Apesar do esforço para alertar a população dos perigos das câmaras de bronzeamento e dos riscos associados à exposição a raios ultravioleta artificiais, a procurar pelo bronzeamento artificial não para de aumentar – escreveu Catherine.
Segundo a pesquisadora, mulheres que buscam o bronzeamento artificial costumam ser extremamente inseguras com sua aparência. Ela lembra que os raios UV – assim como a exposição ao sol – também aumentam a sensação de bem-estar e por isso podiam ser perigosas para pessoas ansiosas ou deprimidas.
No Brasil, as câmaras de bronzeamento foram proibidas no fim do ano pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o órgão regulador, o risco de desenvolver câncer de pele após uma única sessão aumenta em 75%, principalmente se for feita antes dos 35 anos.
AGÊNCIA O GLOBO