O que se sabe até o momento
- Testemunhas relataram que uma motocicleta chegou ao local, enquanto um casal abastecia o veículo (um Citroën C4), e cerca de oito disparos de pistola calibre 9 mm — arma de uso restrito — foram efetuados junto à janela do motorista.
- O homem atingido foi identificado como Vanclei Lener Dias Antunes, 28 anos, conhecido por “Nego Leni”. Ele morreu no local.
- A companheira dele (também 28 anos) foi baleada na perna e no quadril, estava consciente quando socorrida, e permanece internada sob cuidados.
- Segundo a Brigada, Antunes possuía antecedentes por três homicídios, uma tentativa de homicídio, além de roubo e receptação. Ele atuava como gerente de tráfico na região da Vila Vitória da Conquista (bairro Rubem Berta) e seria integrante da facção “Anti‑Bala”, aliada ao grupo “Os Abertos”.
- A polícia investiga o crime como possível convergência de disputa entre facções, já que a vítima estaria planejando abrir um ponto de tráfico no bairro Santa Rosa de Lima — área dominada por rivais da facção “Bala na Cara”.
- Além da Brigada Militar, equipes do Instituto‑Geral de Perícias (IGP) e do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) realizaram a perícia e o atendimento da ocorrência.
Contexto e implicações
Este ataque evidencia a crueldade dos confrontos entre organizações criminosas em zonas urbanas, e como tais grupos atuam diretamente em áreas de comércio e serviços — locais que, em teoria, deveriam ter maior segurança. O fato de o crime ocorrer durante a manhã, em um posto de combustível movimentado, reforça a sensação de insegurança para moradores e comerciantes da região.
Além do dano imediato — a morte de um homem e o ferimento de uma mulher — há impactos mais amplos:
- Para a comunidade local: o medo se intensifica, e os negócios ficam mais vulneráveis, especialmente em terminais de serviços e comércio de rua.
- Para a polícia e sistema de justiça: exige maior mobilização para apurar autoria, entender motivações (como disputa de tráfico, vingança ou execução) e evitar que novos episódios similares ocorram.
- Para políticas públicas: acende o alerta sobre carência de controle territorial, fiscalização de armas e presença preventiva em bairros com histórico de criminalidade.
O que fazer se você estiver na região
Para moradores ou proprietários de estabelecimento no bairro Sarandi ou arredores, algumas recomendações práticas podem ajudar a reduzir riscos:
- Verificar câmeras de segurança (CFTV) e, se possível, ampliar a cobertura das imagens para captar veículos que chegam/saem, sobretudo em horários de menor movimento.
- Manter contato constante com a polícia comunitária ou vizinhança para troca de informações sobre veículos suspeitos ou movimentações atípicas.
- Evitar manter agentes de risco visíveis ou carregar valores elevados em locais pouco monitorados.
- Em caso de emergência, acionar a Brigada Militar pelo número 190 e aguardar orientação, evitando confrontos ou perseguições por conta própria.
Próximos passos da investigação
- O DHPP está colhendo depoimentos de testemunhas que estavam no local ou chegaram logo após os disparos.
- Serão analisadas as câmeras próximas ao posto para identificar a motocicleta usada pelo atirador e seus possíveis trajetos.
- A perícia balística está identificando se os projéteis utilizados correspondem a armas apreendidas em operações anteriores com facções da região.
- A investigação também focará em localizar cúmplices ou autores materiais que possam ter auxiliado na fuga do autor.
- Dependendo dos resultados, será avaliada a tipificação do crime como homicídio qualificado ou execução por conta de facção, o que altera a gravidade e pena prevista.
Conclusão
O episódio ocorrido no bairro Sarandi representa mais do que mais uma estatística de violência: mostra o quanto a atuação de facções criminosas pode penetrar em espaços cotidianos e públicos, transformando locais de serviço em cenários de crime. A comunidade, a polícia e o poder público precisam articular respostas conjuntas — desde melhorias na vigilância até fortalecimento de redes de apoio à segurança local — para evitar que tragédias semelhantes voltem a ocorrer.
Fonte da matéria AQUI
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Jefferson Freitas | Passo Fundo | 29/10/2025 – 18h49
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