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TEMA PARA DEBATE

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Menos caridade, mais educação
Somos constantemente solicitados, como cidadãos, a fazer doações caritativas. Entretanto, poucas vezes se trata da opção mais acertada, pois é importante avaliar, em cada caso, até que ponto, realmente, estaremos prestando uma ajuda efetiva e duradoura em seus resultados. No caso de pessoas carentes, cujas condições físicas não mais podem fazer frente às exigências da vida, como os idosos e os doentes incapacitados, certamente há justificativas para tal auxílio. Contudo, na maior parte das vezes, somos demandados a fazer doações a pessoas e famílias que poderiam esforçar-se para ir ao encontro de prover seu sustento e progresso na vida. Mas, se nelas houver uma tendência a esperar que o Estado ou pessoas com mais posses as supram, estaremos concordando com este imaginário de incapacidade. Trata-se, muitas vezes, de uma suposição doentia, efeito de processos de exclusão, pelos quais, desde a infância, não há identificação a parâmetros valorativos de autonomia. Portanto, a exclusão econômica poderá ser uma decorrência desses fatores de ordem psíquica atrelados a auto e hetero segregação. Assim, deparamos com uma massa empobrecida que, em geral, também teve pouco acesso à educação formal, a valores éticos e a uma identificação com os pais em relação ao trabalho, com a consequente baixa de autoestima face à sua suposição de incapacidade. Nessas famílias, são comuns as atitudes condescendentes dos pais, que podem levar a sérios problemas comportamentais, que se estendem à escola. Deste modo, como haveria condições para a aprendizagem de conteúdos? O que a sociedade poderia efetivamente fazer, pública ou privadamente, para intervir nas situações de exclusão social e de adoecimento psíquico? Clique em Mais Informações e comente sobre o assunto.  Fonte:RITA FRANCI MENDONÇA* | *Psicanalista