Presidente da Assembleia cancela salários adicionais de deputados

Após a repercussão ruim do pagamento do 14º e 15º salário para os deputados estaduais, o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (14) que os benefícios foram cancelado. Os salários adicionais custavam R$ 2,1 milhões por ano aos contribuintes paranaenses e não estavam previstos na constituição e estadual.
Na terça-feira (13), Rossoni havia dito que não era favorável ao pagamento, mas que nada poderia ser feito. O deputado afirmou ainda que se tivesse a oportunidade de se tornar um deputado federal acabaria com os 14º e 15º salário. As verbas também chamadas de “desconvocação” e convocação permitia que cada parlamentar recebesse R$ 40 mil a mais por ano.
Já nesta quarta-feira, Rossoni mudou de ideia e declarou que existe um processo de moralização do legislativo estadual e, portanto, a Mesa Executiva não poderia permitir que a Assembleia se igualasse as demais. Segundo o presidente, houve uma reunião com os procuradores da Alep na qual se chegou a conclusão que era possível suspender o benefício.
De acordo com deputado Plauto Miró (DEM), que é o primeiro secretário da Casa, esta ajuda de custo foi criada via decreto legislativo, no Congresso Nacional, e estendida ao estado do Paraná por meio de um ato da Comissão Executiva em 1995. “O tempo passou, o mundo avançou e chegou o momento da discussão dessa situação no estado do Paraná”, acrescentou Miró. O primeiro secretário afirmou que o ato era precário e por isso foi tomada a decisão de suspender o benefício.
Segundo Rossoni, o legislativo paranaense é o único que extinguiu os 14º e 15º salários. Na avaliação dele, a Assembleia do Paraná é a melhor do Brasil. “Nós vamos economizar mais de 20% do orçamento”.
G1/PR