Começa hoje o trabalho de transição de governo entre as equipes do governador Orlando Pessuti (PMDB) e do governador eleito, Beto Richa (PSDB). De lados opostos na última eleição, as equipes vão enfrentar um impasse motivado por projetos e iniciativas em andamento ou lançadas por Pessuti nesse final de mandato, que segundo aliados de Richa, estariam criando despesas e obrigações para a próxima administração.
A equipe tucana criticou o início da negociação com a Caixa Econômica Federal para renovação de contrato para a manutenção das contas do Paraná Previdência, fundo de aposentadoria dos servidores estaduais. Outro projeto criticado foi a renovação por um ano de contrato para fornecimento de alimentação para presos do sistema penitenciário estadual.
Além disso, o governador eleito declarou que os primeiros levantamentos feitos por sua equipe indicam que a infraestrutura do Paraná está deteriorada. "Conseguimos obter alguns dados e é possível notar que a situação financeira do estado não é das melhores. A capacidade de investimento está bastante reduzida. Vamos ter que fazer uma re-engenharia nas contas, mais austeridade na aplicação de recursos para cumprirmos o que apresentamos na campanha", afirmou Richa.
O governador Orlando Pessuti rebateu as críticas tucanas e disse que não pretende invadir o período em que Beto Richa assumir o governo do Paraná e que, por isso, não permitirá que o governador eleito e seus assessores ditem o que deve fazer nesses meses em que permanece à frente do governo do Estado.
“Tenho que ter um mínimo de liberdade para poder continuar governando o Estado do Paraná. Vou continuar governando com o respeito que merece o futuro governador, mesmo que não tenhamos sido companheiros de uma campanha eleitoral, mas tenho por ele amizade e respeito”, afirmou Pessuti ao rebater as críticas feitas por deputados oposicionistas contrários à criação da Defensoria Pública, bem como ao BOPE – Batalhão de Operações Policiais Especiais, e ao Grupamento Aéreo da Policia Militar.
Pessuti disse que "Beto Richa e o vice-governador eleito, Flávio Arns, podem ter certeza absoluta de que vão receber, em janeiro de 2011, um governo melhor estruturado e arrumado, tanto no aspecto financeiro quanto administrativo, do que o governo que eu e o Requião recebemos do Jaime Lerner, em janeiro de 2003. Tenham certeza absoluta que Orlando Pessuti, nos dois meses que ainda faltam, trabalhará dia e noite para organizar o Estado para que o Beto tenha todas as condições de realizar um bom governo”.
Equipes
Pessuti designou para a equipe de transição os secretários Allan Jones dos Santos (Planejamento), Ney Caldas (chefe da Casa Civil), Maria Marta Weber Lunardon (Administração) e Cícero Gonçalves Oliveira (Controle Interno), além de César Ribeiro Ferreira (técnico da Secretaria da Fazenda), vão repassar à equipe indicada pelo governador os dados e informações necessários para o começo da nova administração. Pelo lado do atual governo, a equipe será coordenada pelo secretário do Planejamento. Já Richa, além de Traiano, indicou para a equipe de transição Carlos Homero Giacomini, secretário municipal de Planejamento de Curitiba; Deonilson Roldo, ex-secretário municipal de Comunicação de Curitiba; Ivan Bonilha, ex-Procurador Geral do Município; Luiz Eduardo Sebastiani, secretário municipal de finanças de Curitiba; e Norberto Ortigara, ex-secretário municipal de Abastecimento.
O trabalho das equipes de transição deve ser encerrado até o próximo dia 15. Banda B
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