Argentina condena à perpétua o “Anjo louro da morte”

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O governo argentino condenou à prisão perpétua o ex-oficial da Marinha, Alfredo Astiz, conhecido como o “Anjo louro da morte”, pela acusação de assassinato de duas freiras francesas, Alice Domon e Léonie Duquet, durante a ditadura (1976-1983), e da jovem argentina-sueca, Dagmar Hagelin. As freiras foram sequestradas, nos dias 8 e 10 de dezembro de 1977, juntamente com dez ativistas de Direitos Humanos, entre eles, Dagmar Hagelin e as três fundadoras do movimento das Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor, Esther Ballestrino de Careaga e María Ponce de Bianco A acusação afirma que Astiz se infiltrava nos grupos de Direitos Humanos, depois sequestrava, torturava e assassinava suas vítimas, sendo integrante do “Grupo de Tarefas 332” da Escola de Mecânica da Armada (Esma), que teria sido responsável por deter mais de cinco mil pessoas, entre as quais, só 5% sobreviveu. Ele já havia sido condenado, no ano passado, à prisão perpétua, pela Justiça francesa. O ex-oficial, que hoje tem 59 anos, poderá permanecer preso por mais de 25 anos, tempo limite na legislação argentina, sem possibilidade de recurso. Segundo depoimento do oficial Adolfo Scilingo, condenado em 2007 a 1.084 anos por crimes na ditadura,
o modo de ação dos repressores da Esma era dopar as vítimas e atirá-las de aviões militares no mar, nos chamados “voos da morte”.

Fonte: BRASILIA CONFIDENCI

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