Participei do VIII Congresso do Sismmar que aconteceu na última sexta e sábado. Na sexta, durante a abertura, estava presente a Secretária de Educação Márcia Socrepa. Deixou o recado que a administração “tem um bom relacionamento do servidor”. Não seria bom relacionamento com a direção do Sindicato? Sua presença foi questionada por vários servidores, inclusive por mim.
No sábado, foram discutidas as teses. Foi aprovada a tese da direção do Sismmar que utilizou os avanços do Governo Federal para dizer que a vida do trabalhador, e do servidor, melhorou. O que não concordo é claro. Tive a honra de defender a segunda tese, que aprofundava a questão sobre que tipo de sindicalismo queremos. Que seja independente dos patrões e governos, que dialogue sim, mas que não faça acordos de porta de gabinete. Que negociar é importante, mas não é tudo. Construir mobilizações é necessário e vital. Essa tese defendia que os servidores decidam à qual central sindical o sindicato deve ser filiado e que essa decisão não deve ser apenas de uma diretoria. Defendia que fosse aberto um processo de discussão e que fossem convocados representantes da CSP-Conlutas para debater o tema. A tese apesar de não ser aprovada pela maioria fez com que vários servidores refletissem sobre o tema e entendessem porque algumas coisas estão como estão.
Na parte da tarde aconteceram as mudanças no estatuto do sindicato. A proposta da direção era de que fosse lido não o estatuto que seria mudado, e sim o que eles trouxeram já revisado. Vários servidores foram contra. Uma delas disse que “como poderia aprovar as mudanças no novo estatuto e sem ir comparando com o estatuto antigo”. Mais uma vez a direção venceu com maior número de votos que caíram no discurso induzido do “temos pouco tempo”.
Dessa forma, o estatuto, já revisado pela direção, era lido rapidamente. Quem quisesse propor alteração em algum artigo deveria dizer “destaque” no final de sua leitura. Resumindo foi o que o pessoal chama de “trator”. Pra não discutir mesmo.
Mesmo assim, conseguimos propor algumas mudanças que foram aprovadas pelos presentes. Seguem algumas. No novo estatuto abre para que qualquer servidor participe de uma reunião da diretoria do sindicato. A segunda é sobre a mudança no processo de penalidade à filiado. No estatuto antigo, essa decisão cabia apenas a diretoria que, se julgasse necessário, poderia criar uma comissão de ética, eleita em assembléia, para analisar os fatos. No novo estatuto, obrigatoriamente a diretoria terá que eleger essa comissão. Isso é muito importante. Lembram-se do desvio de dinheiro do fundo de solidariedade que aconteceu nessa gestão? Agora, servidores eleitos em assembléia participarão desse processo. A decisão não será apenas uma diretoria. No caso em questão uma diretoria não julgara sozinha seus próprios pares. Outra mudança interessante foi a criação da Secretaria de Aposentados e Secretaria de Mulheres, proposto pela companheira Priscila Guedes.
Agora, é cobrar da direção do sindicato que levante as bandeiras que foram aprovadas no Congresso.
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