Famílias não terão resultado imediato, diz perita sobre identificação de corpos do voo Rio-Paris

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Os destroços do avião A-330 e dos restos mortais das vítimas do acidente do voo 447 (Rio-Paris) da Air France, em 2009, encontrados nesta semana reascenderam uma possbilidade de identificação dos passageiros cujos corpos não foram encontrados ainda. Para a perita quimico-forense do Instituto Geral de Perícias (IGP) Trícia Albuquerque, é possível identificar os corpos dependendo do estado do material encontrado:
— Provavelmente eles encontraram ossadas porque todas as partes moles já devem ter sofrido elevado grau de decomposição. Corpos encontrados até dois ou três meses após um acidente apresentam um estado de conservação extremamente diferente destes do Airbus da Air France. Mas as ossadas podem ser identificadas sim. É possível tentar, mas nada é garantido. No entanto, o processo pode demorar anos.
Tricia Albuquerque já trabalhou em outro caso de identificação de um corpo seis meses após um afogamento no mar.
— Neste caso, encontramos um pouco de tecido mole junto da ossada, mas em avançado grau de putrefação. Ficamos um ano trabalhando no corpo para fazer a identificação. O período é longo porque o trabalho é complexo.

ZH

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