Operação Desmanche interdita quatro estabelecimentos em Erechim

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Mais uma edição da Operação Desmanche, que ocorreu em Erechim nesta quarta-feira (19), interditou quatro estabelecimentos no município. Duas pessoas foram presas por crime ambiental, uma por porte ilegal de arma e uma por furto de energia. Na ação, cerca de 200 toneladas de sucata automotiva foram apreendidas e encaminhadas para destruição.

A 47ª edição marca a expansão da operação para a Região Norte do estado. Erechim é a cidade mais distante de Porto Alegre a receber a força-tarefa, coordenada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP).
Até o momento, após 47 edições, foram apreendidas mais de três mil toneladas de sucata automotiva, 81 estabelecimentos foram fechados e 59 pessoas presas. A operação já foi realizada em 23 municípios: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Capão da Canoa, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Eldorado do Sul, Erechim, Esteio, Estrela, Gravataí, Guaíba, Montenegro, Novo Hamburgo, Parobé, Pelotas, Portão, Porto Alegre, São Sebastião do Caí, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Torres e Viamão.

Lei dos Desmanches

A Lei dos Desmanches (lei federal 12.977) entrou em vigor em 20 de agosto de 2015, com o objetivo de combater a receptação de veículos roubados. Desde então, somente podem atuar no comércio de peças usadas empresas registradas no Detran. Essas empresas devem seguir uma série de requisitos e incluir cada uma das peças no sistema informatizado, vinculando-as à nota fiscal e à placa do veículo de origem. O Rio Grande do Sul possui hoje 281 empresas de desmanche registradas.

Força-tarefa

A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública coordena o trabalho do grupo e também define os alvos, por meio do Setor de Inteligência. O Instituto-Geral de Perícias tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran autua administrativamente as empresas e coordena todo o trabalho de apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A Brigada Militar faz a segurança de toda a operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

Consulta a peças

O consumidor também pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas pelo Detran. Essas empresas têm na fachada o logotipo da autarquia, e cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar, no site, a relação de empresas credenciadas. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passaram pelo aval de um responsável técnico, que atesta suas condições de segurança. No linktambém é possível fazer uma busca por peças e por município.


Texto: Lurdenir Matos/Ascom SSP
Edição: Denise Camargo/Secom 


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