Motoristas abastecem carros por metade do preço do litro de gasolina em Porto Alegre

Depois de madrugar em frente ao Posto Firenze, na rua Santana, porto-alegrenses começaram desde às 10h a abastecer seus carros por metade do valor cobrado habitualmente pelo litro de gasolina. Como parte da 6ª edição do Dia da Liberdade de Impostos, o estabelecimento comercial distribuiu 250 senhas para um total de 5 mil litros do combustível disponíveis ao preço de R$ 1,25. Até as 10h40min, pelo menos 70 motoristas já haviam se beneficiado com o desconto dos impostos embutidos na gasolina.

A expectativa do proprietário do posto, João Marques, é de que todas as senhas sejam atendidas até as 15h. Colaborador do Instituto Liberdade, que promove a campanha juntamente com a Associação da Classe Média (Aclame), o empresário enfatiza que a ideia é mostrar para a população a diferença de preços sem a cobrança de impostos.

— Nada mais justo que nós tenhamos um valor acessível para a compra de um produto que é tão importante.
A data serve como marco do quanto a população trabalha para pagar impostos durante o ano. Em 2010, os contribuintes tiveram que dedicar seus rendimentos até ontem somente para pagamento de tributos municipais, estaduais e federais.

— Na primeira edição do evento, há seis anos, a data era realizada no final de abril. A medida que os anos passam, cada vez fazemos mais tarde – afirma Marques.
Dentro da campanha, cada motorista poderá abastecer no máximo, 20 litros. As filas em frente ao posto começaram ainda na madrugada. Roberto Luis dos Santos Passos chegou às 5h para abastecer. 
— Estava navegando na internet e li na zerohora.com o anúncio da gasolina mais barata. Eu costumo abastecer por R$ 2,58. Hoje vou abastecer por R$ 1,25, é uma grande diferença.
O funcionário público, Silvio Luiz Cardoso, 67 anos, avisou os familiares e amigos. O automóvel dele consome cerca de 30 litros por semana. 
— Todos os anos eu abasteço nessa data. É uma forma de conhecer o quanto pagamos de impostos, mas o Ministério Público deveria controlar isso. Não é o contribuinte que deveria pagar essa diferença - afirma. ZH