"Não pretendemos ranquear ninguém", diz Haddad sobre exame dos professores

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Em entrevista na manhã de hoje no programa Gaúcha Atualidade, o ministro da Educação, Fernando Haddad, falou sobre a polêmica do Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente, que deverá servir como critério de seleção de professores em redes públicas.
Em contraponto à entrevista com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Roberto Leão, que disse que a prova fará um ranqueamento dos professores, Haddad, destaca que a preocupação da CNTE é legítima. No entanto, ele explica que a proposta do governo é outra. 
— O que pode estar acontecendo é que, à luz da reação de alguns dirigentes, é natural que o presidente da CNTE manifeste preocupação com o desvirtuamento da proposta. Não pretendemos ranquear ninguém. O MEC quando faz avaliação, entrega o resultado para quem fez a nomeação, não divulgamos dados individualizados, de nenhum exame, e não será diferente nesse caso — explicou o ministro.
O ministro afirmou que a proposta do governo Federal é dar liberdade para jovens professores escolherem onde querem exercer a profissão, dentre as redes que aderirem o sistema. Segundo ele, nenhum professor que já atua será avaliado.
— Eu não consigo compreender como os sindicatos pode ser contra ampliar as oportunidades de trabalho dos professores. Não estamos querendo aplicar essa prova para quem já está em sala de aula. É uma prova de concurso, para quem não foi contratado ainda.
— Se nós, da União, estamos assumindo a tarefa de formar os professores gratuitamente em universidades públicas ou particulares, temos que garantir que esse aluno tenha as mais amplas oportunidades no país e que possa escolher trabalhar onde melhor lhe tratam.
Um dos protestos levantados pelo CPERS, é que a proposta desrespeita a diferença entre as realidades locais. Haddad esclareceu que o exame não pretende ser um critério único de seleção e que o concurso pode depender de vários elementos.
— Essa prova será um dos elementos de seleção, não será o único. Evidente que um professor tem que saber alfabetizar em qualquer estado, na Bahia ou no RS. Um concurso público tem uma série de elementos. Todos os sistemas estão livres para, primeiro, decidir se vão usar ou não os resultados desse exame, e em segundo lugar, se ele será critério único ou se ele será combinado com outros elementos.
O ministro não descartou a possibilidade de que o Inep possa usar posteriormente os resultados do exame nacional para avaliar a formação dos professores.   ZH

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