O governo vai montar um sistema de comunicação para que presos federais falem a distância com suas famílias. Uma parceria entre o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Defensoria Pública da União (DPU) vai permitir, a partir do dia 28, que presidiários tenham os encontros virtuais. No Paraná, o sistema será adotado pelo presidio federal de Catanduvas, no Oeste do Estado.
Com o programa, as autoridades esperam também usar os mesmos aparelhos para difundir o uso de videoconferências em julgamentos, reduzindo os custos com viagens para audiências. Segundo o Ministério da Justiça, existem 467 presos em quatro penitenciárias federais - Catanduvas (PR), Porto Velho (RO), Campo Grande (MS) e Mossoró (RN) e 60% não recebem visitas Considerados de alta periculosidade, acabam enviados para locais distantes dos Estados de origem, o que dificulta os encontros com parentes.
"Os presos têm filhos. Não é justo deixar que crianças fiquem privadas de ver os pais", disse o diretor do Depen, Airton Michels. "Não é um investimento apenas para o preso e sua família, é o cumprimento da lei." A Lei de Execução Penal diz que é direito do preso a visita de cônjuge, companheira, parentes e amigos. O Depen prevê que as visitas virtuais ocorram a cada 15 dias e durem 30 minutos. Os presos deverão escolher três pessoas para os encontros virtuais - 50% já se cadastraram.
O projeto Visita Virtual e Videoconferência Judicial custará R$ 1,5 milhão.
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