Espadim Tiradentes é entregue aos 55 novos cadetes da Polícia Militar

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Os 55 cadetes do primeiro ano da Escola de Formação de Oficiais (Esfo) – turma 2010 – receberam da Polícia Militar do Paraná o Espadim Tiradentes, nesta sexta-feira (22), na Academia Policial Militar do Guatupê (APMG), em São José dos Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. Do total de alunos, 37 são para a Polícia Militar, 18 para o Bombeiro Militar e oito deles são do Espírito Santo. “O Espadim é a arma símbolo do cadete durante a sua formação, e representa uma nova fase na vida deles”, explica o secretário da Segurança Pública, coronel Aramis Linhares Serpa.

Ao falar sobre a importância desta solenidade para a vida de cada um dos cadetes, comandante-geral da Polícia Militar, coronel Luiz Rodrigo Larson Carstens, lembrou que a renovação na corporação é um motivo de alegria. “Os futuros oficiais passarão agora, durante três anos, por um duro processo de formação e, lá na frente, aplicarão seus conhecimentos pensando na melhoria do atendimento do cidadão paranaense, em todos os aspectos preventivos que envolvem tanto a Polícia Militar quanto o Bombeiro Militar”, disse.

Ainda de acordo com o coronel, a procura de outros estados para a formação de profissionais da Segurança Pública, mostra que a APMG tem credibilidade na formação de futuros oficiais. “Temos oito alunos do Espírito Santo, isto significa que há confiança em nosso ensino”, frisa. O diretor de Ensino da Polícia Militar, coronel Mauro Pirollo, por sua vez, explica que a festa do Espadim – cerimônia de formatura seguida do baile – é a apresentação do cadete à sociedade.

“A partir deste momento eles são oficialmente cadetes da Polícia Militar e iniciam a preparação para a carreira de oficiais, em que exercerão cargos de comando e direcionarão seus comandados, para que juntos possam dar respostas rápidas e eficientes para a comunidade”, afirma o coronel. Em seu discurso, o comandante da APMG, coronel Roberson Luiz Bondaruck, lembrou que na história, desde que a humanidade evoluiu para a idade dos metais, a espada sempre foi tratada com muito valor, principalmente como uma arma em defesa da honra e da justiça.

“A partir do século XIV, com o surgimento da pólvora, a espada foi perdendo seu espaço como arma, no entanto o valor dela permanece até hoje e, por isso, nada melhor que o espadim, e depois no fim do curso a espada, para representar o que estes futuros policiais terão de enfrentar”, afirma. A expectativa da vida militar é revelada nas palavras do cadete Maicon Cardoso Mattos de Souza. “Eu sempre gostei da profissão e acho que terei um futuro brilhante, em uma carreira nobre, assim como teve meu avô, meu pai, e outras pessoas da minha família”, ressalta.

O jovem que já vem de uma família composta por vários militares, disse que pretende servir a comunidade “fazendo o possível pra deixar a cidade segura”. Para o pai dele, major Valterlei Mattos de Souza, é uma honra o fato de poder relembrar um passado próximo que ele mesmo viveu. “Fico feliz por este também ser o sonho dele, apesar de existirem policiais na família, a escolha foi dele”, garante.

Participaram também do evento, o chefe do Estado Maior da PM, coronel Isaías de Farias, o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Geraldo Domaneschi, o comandante do Policiamento do Interior, coronel Sérgio Filardo, o comandante do Policiamento da Capital, coronel Jorge Costa Filho, o prefeito de São José dos Pinhais, Ivan Rodrigues, o secretário de Segurança do município Marcelo Junged, além de outras autoridades civis e militares e familiares dos cadetes.

ESPADIM – O Espadim foi entregue aos 55 alunos do primeiro ano do Curso de Formação de Oficiais (CFO), que ingressaram na Esfo em março deste ano, depois de serem aprovados no último vestibular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e terem enfrentado testes de seleção. A adaptação dos alunos à vida militar se deu por com diversas atividades desenvolvidas na chamada quarentena, em que eles passam por 40 dias de imersão com instruções, orientações, atividades esportivas, exercícios de campo, confraternização e prestação de serviços à comunidade.

Agora, os cadetes portam o espadim até o final do curso, quando, em solenidade oficial, o entregam novamente e recebem a espada de oficial da corporação. O Espadim recebeu este nome como uma homenagem perene que todas as corporações do Brasil prestam a seu patrono, o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

São os padrinhos (familiares ou qualquer outra pessoas escolhida pelos alunos) que entregam a arma ao cadete. A arma símbolo do cadete é feita de aço, ouro e marfim, e tem na lâmina a inscrição em latim “prolege vigilanda”, que significa “vigilância da lei”. Desfilaram ainda os cadetes do primeiro ano, os veteranos e policiais militares que estão em curso na academia.

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