Enquanto o governo se mobiliza para construir a mega hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, de 11.233 megawatts (MW), outras 182 usinas estão na gaveta, sem previsão de construção, por causa de problemas ambientais, jurídicos e econômicos. Juntas, elas somam 10 mil MW de capacidade instalada, o equivalente a 25% da potência dos novos projetos de geração elétrica no Brasil (sem Belo Monte).
Para saírem do papel, essas unidades teriam de contar não apenas com o esforço do Ministério de Minas e Energia, mas também do Palácio do Planalto. A exemplo de Belo Monte, algumas sofrem fortes pressões por parte de órgãos ambientais. No total, essas usinas custariam cerca de R$ 26 bilhões, com a vantagem de não estarem concentradas em um local nem dependerem só de uma fonte de energia.
Os dados constam do último relatório de fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e incluem hidrelétricas, termoelétricas e Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs, de até 30 MW). Algumas delas estão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) desde a versão anterior, de 2007, como Tijuco Alto, Pai Querê e Cachoeirinha.
Para sustentar um crescimento de 5% ao ano da economia, o País terá de acrescentar quase 5 mil MW a cada 12 meses.ZH
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