Projeto reconhece Palmas como mais fria e capital da maçã no PR

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A cidade de Palmas, no Sudoeste do Estado, será reconhecida como a mais fria e a capital da maçã do Paraná. É o que prevê o projeto de lei 374/2017, apresentado esta semana pelo líder do PMDB na Assembleia Legislativa, deputado Nereu Moura. A matéria já está em análise nas comissões permanentes da Casa de Leis, última etapa antes de ir a votação em Plenário.

Palmas é reconhecidamente a cidade mais fria do Paraná, tanto por sua população como por visitantes ou trabalhadores de outras regiões que por lá passam. “Este título não será conferido à toa, uma vez que as baixas temperaturas que se acentuam no inverno palmense são comentadas em todo o Estado”, afirma Nereu Moura.

Para o prefeito Dr. Kosmos Nicolaou, será uma honra para Palmas ser reconhecida tanto na questão do frio quanto pela produção de maçãs, que neste ano superou as expectativas dos produtores. Ele também destaca que neste ano, a cidade registrou pelo menos três fortes geadas e duas quedas de neve. A segunda ganhou repercussão no noticiário estadual e nacional.

“Vemos todos os dias, notícias sobre o frio em outras cidades de destaque do nosso país, mas esquecemos de olhar ao redor e ver as maravilhas que temos aqui no Paraná, em Palmas, por exemplo”, frisou Nereu Moura.

Característica
A região dos Campos de Palmas tem como característica os ventos constantes, criando uma situação atmosférica propicia a formação de geadas e até mesmo nevascas. A cidade já registrou a incrível marca de 11 graus negativos de sensação térmica (frio sentido em ambiente externo), conforme a medição de superfície de solo realizada pela Estação IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná).

As baixas temperaturas nos Campos de Palmas são temas de seguidas reportagens nos veículos de comunicação do estado e do país. Na década de 1960, a grande incidência de nevascas ganharam destaque nacional.

Em 2011, o Jornal Gazeta do Povo estampou como manchete principal o frio caracaterístico da região. Disse o folhetim: “Neve volta a cair em Palmas após 11 anos”. A iterrupção da neve, segundo depoimentos de especialistas ao diário, ocorreu devido ao fenômeno climática El Niño.

Academia
O frio em Palmas também foi tema de Dissertação de Mestrado na Universidade Estadual Paulista, Intituto de Geociências e Ciências Exatas. As baixas temperaturas da região foram tratadas sob o título: “A neve em Palmas/PR: da reconstituição histórica à abordagem dinâmica”.

Em 2013 a neve voltou a ser vista em Palmas, atraindo um grande número de visitantes. O fato ganhou destaque na imprensa, sendo registrado pelas emissoras de teve RICTV e RPC, além dos jornais e rádios locais e da região.

Outro fato que certifica a cidade como a mais fria do Estado, são as narrativas de diversos historiadores, que afirmam, Palmas tem a menor temperatura dentre as demais.

A comprovação científica de que Palmas é a mais fria do Paraná ocorre, mesmo a única unidade de medição de temperatura estando localizada no perímetro urbano.Este fato acaba interferindo na aferição, uma vez que o frio é mais intenso nos campos localizados em sua área rural.

"Selo Frozen"
Em recente enquete promovida pelo Governo do estado, em seus perfis nas redes sociais, Palmas foi escolhida pelos internautas para receber o “Selo Frozen”, por ser a mais gelada do Paraná. Este fato também comprova que Palmas estará equiparada as regiões mais frias do país, localizada nas serras gaúchas e catarinense.

O status oficial vai garantir maior visibilidade a cidade, que irá atrair um grande número de visitantes interessados em sentir sensações térmicas geladas, comuns no inverno. Para receber os visitantes, Palmas dispõe de um amplo parque hoteleiro e bons restaurantes, que servem pratos típicos ideais para degustar em épocas de baixas temperaturas.

Maçã
O município é o maior produtor de mação na estado, correspondendo a 2,16% da produção nacional. A produção estimada de 13,5 mil toneladas/ano, foi superada em 2017, com mais de 14 mil toneladas. Atualmente, Palmas produz maçãs do tipo Gala, Fuji e Eva e em menos número (cerca de 10%) outras variedades como a Fuji Suprema e a Imperatriz.

A atividade movimenta intensamente a economia do município. Na época da colheita, que se estende entre janeiro e abril, é empregado um grande contingente de mão de obra temporária - aproximadamente três pessoas por hectare -, sem contar aqueles que vão trabalhar na seleção e no empacotamento da fruta.

As maçãs “de mesa”, com bom tamanho e aparência, são destinadas a supermercados em todo Brasil, enquanto as maçãs com imperfeições seguem para fabricação de sucos em empresas de Fraiburgo e Videira, em Santa Catarina.

Palmas mantem-se como maior produtor de maçãs do Paraná, conforme atesta relatório do departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e Abastecimento do Estado, que destaca que atualmente o município é responsável por 28% a 30% da maçã aqui produzida.

O município conta com aproximadamente 400 hectares em produção e outros 48 recentementes implantados e que deverão iniciar ciclo produtivo em 2 ou 3 anos. Depois de Palmas, Lapa com 20% e Campo do Tenente (18%) são os maiores responsáveis pela produção estadual de maçã. Existe uma projeção de se ampliar em mais cem hectares a área do município.

Foto legenda (palmas fria maca)
Projeto de lei reconhece Palmas como cidade mais fria e capital da maçã do Paraná
Foto montagem: Josiani Almeida






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