Picler pede ao Ministro providências para crise na educação básica brasileira

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Durante audiência pública na Comissão de Educação da Câmara, o deputado federal Wilson Picler (PDT-PR) pediu ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, providências urgentes para o risco de crise que vive o ensino médio e fundamental no país. Segundo Picler, existem 20 milhões de estudantes fora da sala de aula.

A exemplo da semana anterior, quando sugeriu que a gravidade do tema fosse levada ao conhecimento do ministro, Picler voltou a mostrar sua preocupação com o desinteresse acentuado de estudantes que acabam de concluir o 1º grau ao hesitar retornarem à escola para a continuidade dos estudos.

A preocupação do parlamentar se sustenta pelo risco de evasão escolar acima das proporções consideradas normais e aceitáveis. A publicação Ensino Médio: Múltiplas Vozes da UNESCO, em parceria com o MEC, e editada pelo organismo internacional, mostra que existe no Brasil caminho aberto para uma crise institucional na educação.

Picler recomendou à Haddad que retome a pesquisa, compare de forma mais precisa os dados levantados e encontre maneiras de corrigir esta situação, enquanto houver tempo.

O deputado observou, ainda, que o problema vem desde o ensino básico e torna-se ainda mais grave quando o aumento da evasão escolar pressupõe a falta de jovens para cursar o nível superior nos próximos anos. "É preciso buscar as razões para esta desistência estimulada", justificou o parlamentar, por que não é saudável o fato de que 18 milhões de alunos no ensino médio estão deixando a escola e com isso terão dificuldades para acessar a universidade.

Não estão sobrando vagas

Convidado para estar na Câmara e discutir assuntos relativos ao FUNDEB e ao ENEM, o Ministro da Educação, Fernando Haddad, fez uma ampla exposição sobre como o seu ministério está trabalhando estas informações e procedimentos adotados.

Reconheceu que existem problemas a equacionar e garantiu que a suposta sobra de vagas nas universidades em todo o país, está sendo monitorada pelo governo por meio de contato permanente com as instituições e não oferece risco de grandes proporções.

"As matrículas estão caindo por que a proporção de jovens atendidos está aumentando", justificou o ministro, ao afirmar que o resultado final apontará um quadro mukito mais positivo. Sobre o alerta feito pelo deputado Wilson Picler, disse que o ministério está atento a isso e reconheceu a preocupação do deputado como relevante para a construção de uma política educacional que contemple a todos.

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